Tuğra era o monograma usado pelos sultões otomanos para assinar documentos. Este vinho é uma homenagem ao que foi considerado o melhor varietal da Turquia, elaborado com a uva nativa boğazkere – colhida à mão e que expressa toda a singularidade da cepa. Tem um perfil aromático bastante característico, com notas de amora, pimenta preta e chocolate amargo. Na boca, acompanha o olfato e é enriquecido por um bem dosado toque de café e eucalipto, com acabamento macio e um final frutado persistente.
Produzida por uma das maiores vinícolas da Turquia, Sarafin foi a linha que apresentou a variedade e o perfil internacionais aos turcos. Depois de uma prensagem suave, o suco da chardonnay, conhecida como “a rainha dos brancos”, passa por uma fermentação chamada de malolática. É esse processo que confere o caráter amanteigado à bebida. Elegante, rica e aveludada, tem aromas de maçã e erva-doce, que são realçados por um delicado toque de chocolate branco.
Agiorgitiko, também conhecida como St. George, é uma uva tinta nativa da Grécia – país que tem catalogadas mais de 200 variedades autóctones. É a mais plantada e está entre as mais bem-sucedidas comercialmente do arquipélago. De corpo leve, tem aromas de frutas vermelhas frescas, com leve toque de pimenta. Com taninos macios, pode acompanhar perfeitamente sua ceia de Natal. Vai bem com lombo suíno, aves, carré de cordeiro, castanhas, queijos semiduros e itens de charcutaria.
Stamnaki (pequeno jarro de vinho, em grego) é uma celebração às uvas indígenas da Grécia, por meio de criações e vinificações monovarietais que expressam as características de cada cepa. A moschofilero é conhecida pelo intenso aroma floral, destacando a rosa e a violeta. Com uma incrível acidez e corpo leve, este rótulo é a pedida certa em dias quentes, acompanhado de pratos com peixes e frutos do mar em refeições despretensiosas. Servido bem gelado, é o jeito certo de encerrar o ano!
O vinho recebeu o nome de Ancyra por causa do terroir onde a história da vinícola começou, em Ankara – que significa âncora em latim. É um varietal da uva turca kalecik karası, a mesma que protagonizou o rosé da Seleção Descobertas de novembro. A cepa garante estrutura, frescor e um típico aroma de compota ao vinho. Este exemplar é bem equilibrado e elegante, tem taninos suaves e final prolongado. Faz uma combinação perfeita com pizzas de sabor pronunciado, como aliche ou peperone.
Um lendário vinho tinto da Turquia, produzido a partir de duas uvas autóctones, a öküzgözü e boğazkere, e duas cepas internacionais, a alicante e carignan, todas colhidas manualmente a partir de vinhedos selecionados da Anatólia Oriental e regiões do Egeu. De cor púrpura profundo, tem aromas de frutas vermelhas, amêndoas e ginja, sob notas de violeta. Com bom corpo, equilíbrio e taninos maduros, harmoniza perfeitamente com um steak tartar, bife à parmegiana, lasanha e massas ao molho à bolonhesa.
Um vinho de guarda elaborado apenas com uvas selecionadas das safras mais excepcionais, aquelas que só ocorrem de vez em quando e são dignas de atenção. Por isso, é uma homenagem a Vicente Gandía, fundador da bodega e inspiração para o artista plástico Fuentes Fuertes, que desenhou o rótulo que vai estampa as 17.590 garrafas produzidas. Com vinhedos em solo calcário-argiloso, sob clima continental e atingidos pela brisa mediterrânica, o resultado foi um vinho de aromas intensos e potente concentração. De taninos aveludados, é pura elegância.
Da Turquia, trouxemos uma marca icônica: Villa Doluca Klasik. Este tinto tem a assinatura da uva nativa öküzgözü, com um aroma único e atributos frutados, somados ao caráter picante e robusto da shiraz. Para completar, foi amaciado pelos taninos suaves da uva merlot. Não à toa, este vinho é um dos mais consumidos naquele país, pois é fácil de apreciar, ao mesmo tempo que expressa uma personalidade intrigante. Eis uma incursão pela enologia de um país com cerca de 7 mil anos de história vinícola, em uma região do mundo considerada o berço da vitivinicultura.
Este rosé é um blend de duas uvas nativas da Turquia, com nomes difíceis de pronunciar: a kalecik karasi, que garante estrutura, frescor e um típico aroma de doces açucarados, e a çal karasi, que agrega elevada acidez e aromas de frutas vermelhas e brancas. Da mesma vinícola de nosso tinto, é um vinho muito refrescante e com deliciosa presença de boca – atributos que o tornam bastante gastronômico e demonstram o potencial moderno de um país com uma história vinícola milenar. Ideal para harmonizar com massas leves e pratos com frutos do mar.
Emilio González começou a trabalhar na vinha aos 12 anos e, desde então, não parou. Octagenário, é o último membro ativo do grupo que fundou a Cooperativa San Gregorio. A bodega está localizada na Denominação de Origem Protegida da Calatayud, na região espanhola de Aragón, uma área de condições climáticas severas. Mas, apesar disso, é reconhecida por produzir grandes e ousados vinhos, como este exemplar que vamos degustar. Com bom potencial de guarda, o rótulo é uma explosão de frutos negros, com boa estrutura tânica e acidez equilibrada.